quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Percepções pós mais um relacionamento


Feminista, eu? Nunca! Anti-sexismo!
Dados de orkut: "O que você aprendeu com os seus relacionamentos anteriores?" Pois bem...Tenho pensado muito, ultimamente sobre o meu modo de me relacionar com as pessoas, mais especificamente, com os meus namorados. É. Mais um relacionamento foi pro saco! Agora eu estou naquele tempo de ruminar o que nunca consegui digerir. Tenho observado as outras pessoas, as minhas amigas, pessoas próximas, mulheres que têm namorados, maridos, e tenho percebido uma semelhança entre os erros que cometi e os que outras mulheres cometem. Nós vivemos muito tempo com homens que muitas vezes não têm nada a nos oferecer. Ficamos meses, anos, décadas, sofrendo e vivendo de expectativas, irritadas, deprimidas e furiosas na maior parte do tempo, nos iludindo, justificando o injustificável...e, pra que? Pra correr abanando o rabinho quando ele dá aquela miséria de atenção, muito abaixo do que é nada mais que a obrigação dele? Há algo errado. Há sim. Algo errado com eles e algo errado conosco. Pensei, pensei...
Nós mulheres nos dedicamos à relação de uma forma muito intensa. Diferentemente dos homens, nos dedicamos não tanto no início, pois entramos na relação com uma certa cautela, mas assim que nos envolvemos, entregamos a nossa alma àquela relação, chegando muitas vezes a colocar o outro em primeiro lugar. Nos prejudicamos, esquecemos de nós mesmas. Os homens se dedicam muito no início da relação. Quando não estamos muito preocupadas, só queremos dar uma trepada e nem temos a intenção de amar o mané. Aí eles ficam atrás. Suam a camisa pra deixar a gente feliz, pra dar atenção, pra nos conquistar. Esta é exatamente a fase de conquista. E então, quando finalmente nos apaixonamos, eles não precisam se esforçar mais. Já estamos nas mãos deles, então, pra que dar atenção, carinho, dedicar tempo a nós? É claro que existem homens diferentes, carinhosos, que realmente se importam conosco. Prefiro, ao menos, acreditar que sim, mas são claramente raros e cada vez mais escassos.
Nós ficamos infelizes, mas não somos obrigadas a aturar falta de atenção, grosserias e mentiras. Nós aceitamos porque aceitamos, portanto, somos também responsáveis pela nossa infelicidade nessas relações. Somos também responsáveis pela forma detestável como somos tratadas por boa parte dos homens. Nós consentimos. Permitimos isto cada vez que os perdoamos, cada vez que deixamos algo passar, cada vez que não discutimos, cada vez que engolimos sapo, cada vez que fingimos que acreditamos nas desculpas ridículas, cada vez que encerramos um assunto pra não deixá-los nervosos, mesmo que tenhamos razão...
O direito ao voto foi um grande passo, a conquista do mercado de trabalho também, altos cargos e carreiras brilhantes no universo feminino já tornaram-se comuns, mas isto ainda não basta. Precisamos conquistar a nossa independência emocional! Precisamos nos sentir protegidas por nós mesmas, precisamos cuidar de nós mesmas, nos amarmos, nos apaixonarmos por nós. Eu gosto de homens, mas não sou obrigada a me contentar com qualquer porcaria. Quero um homem que me ame tanto quanto eu o ame. Quero um homem que me ame tanto quanto eu me amo. Que me respeite e valorise como eu mereço!
Percebo, com as minhas relações anteriores e com as relações de pessoas próximas, que nós nos dedicamos cada vez mais dentro de uma relação, e os homens cada vez menos. Chega um ponto, em que o homem passa a encarar esta relação unilateral como algo completamente norma, natural, como se realmente estivéssemos aqui para serví-los e fazê-los felizes sem querer nada em troca. Eu quero sim! Quero amor e carinho! E outras coisinhas também... Chega a este ponto em que eles não pensam que nós precisamos desse amor e desse carinho e de atenção, consideração, que temos desejos e carências a serem supridas. Eles só esperam de nós, e exigem e reclamam se não fizermos o que eles querem na hora que eles querem, sem considerar o que nós queremos, afinal, estamos aqui para servir, não é mesmo? Não! Estamos aqui para sermos felizes! Então para que ficamos insistindo em relações que nos machucam? Por que ficamos tanto tempo vivendo situações dolorosas, sofrendo com o desleixo de homens que iniciam uma relação cheios de promessas e atrativos e não cumprem metade? Eles precisam nos dar o que queremos sim! Mas, enquanto caladas concordarmos com o modo como eles levam essas relações, eles continuarão a nos tratar com toda esta falta de consideração. Amor, carinho e atençao não é somente coisa de mulher. Homem quer receber, homem tem que aprender a oferecer, e pra mudar o comportamento desses mentecaptos, eu tive uma idéia: Vamos todas virar lésbicas. Se o problema é pinto, a gente resolve isto rapidinho. Pinto vende em um monte de lugares, de tudo quanto é cor, tamanho, forma e textura, e mais, deste modo, você sabe onde você o coloca, mas e amor e carinho? Compra onde? Se formos adiante com o plano de todas virarmos lésbicas, vai ficar ainda mais fácil comprar pinto. Até em supermercado! Você vai fazer a lista assim: ovos, farinha, sabão em pó, papel higiênico, um pau novo de 25 cm, cerveja em lata...Ou então no trânsito mesmo, os ambulantes vão se aproximar da janela do seu carro no semáforo gritando: Limão! Chicletes! Bob Esponja! Pintos variados à escolha da cliente! Vamos aproveitar!

3 comentários:

Anônimo disse...

PUUUUTA MELDA!
Depois de ler esse post (e devo acrescentar que coloquei esse blog nos meus favoritos) cheguei a conclusão de que sou uma mulher, sim, só pode... não sei se pelo fato de eu ser gay e ACABAR DE POSTAR no meu blog as coisas q aprendi no meu ultimo namoro.. enfim... fodasticamente perfeito, tirando eh claro o lance de virar lesbica e os vibradores, num sou adepto a brinquedinhos uHSuhUAHS

bjusmetwitta!

Anônimo disse...

Esqueci de dize que passei por tudo, TUDO isso... merda!

Yasmin Seoane disse...

Depois de ter feito no meu blog um post sobre anti-sexismo fui preocurar no google um coisas sobre isso e achei seu blog. Nossa, tá DEMAIS esse texto! ADOREI a idéia também, HAHAHA! Um beijão.